VASSOURAS FEITAS DE GARRAFAS PET POR PRESIDIARIOS E O NOVO PROJETO DE RESSOCIALIZAÇÃO
Juiz desenvolve projeto de ressocialização de presos e preservação do meio ambiente em Guarabira
Uma
ideia audaciosa e de grande importância social vêm sendo desenvolvida
na Cidade de Guarabira pelo juiz da 1ª Vara da cidade, Bruno Azevedo.
Trata-se da Fundação Passos à Liberdade que foi idealizada e criada em
janeiro desse ano pelo magistrado. A Fundação, que tem como principais
objetivos ressocializar os apenados, recuperar dependentes químicos e
desenvolver projetos para a preservação do meio ambiente, tem
abrangência para toda a Paraíba, mas por enquanto está funcionando
apenas em Guarabira, no Brejo Paraibano.
Pela Fundação, 88 apenados do presídio
de Guarabira estão trabalhando em duas fábricas, uma para a produção de
vassouras e outra para confecção de sacolas ecológicas (retornáveis). A
associação também tem um canteiro de mudas de sombreiros e árvores
frutíferas. “O nosso objetivo maior além da ressocialização dos presos é
também preservar o meio ambiente”, explico o juiz.
Bruno Azevedo afirmou que as vassouras
são produzidas com garrafas pet e todos dos meses 16 mil garrafas dessas
são retiradas do lixo. “Com essa ação nós estamos, além de
ressocializando o apenado dando a nossa contribuição para a preservação
do meio ambiente e evitando que essas garrafas fiquem nas ruas e
obstruam as galerias pluviais, causando outro problema a exemplo das
inundações”, comentou o juiz.
Ele explicou que as cerca de 1,1 mil
vassouras produzidas mensalmente e a sacolas são vendidas no comércio da
região e o dinheiro arrecadado é empregado na manutenção da Associação e
no pagamento de numa ajuda de custo aos próprios detentos. Além do
mais a cada três dias trabalhados, os apenados têm um dia a menos na
pena. O juiz explicou que existe a intenção do Governo do Estado em
adquirir todos os produtos confeccionados pelos presos.
De acordo com a magistrado um outro
grande objetivo desse projeto é fazer com que o apenado aprenda um
ofício e ao ganhar a liberdade sai com uma profissão definida e assim
possa ser absolvido pela mercado de trabalho. O juiz faz questão de
destacar que é apenas mais um voluntário e que a Associação é uma
entidade jurídica e de direito privado. “Fiz questão de agir assim para
tirar esse caráter pessoal para que quando eu deixar a comarca outro
magistrado possa dar continuidade ao trabalho”, justificou Bruno
Azevedo.
.. E DA OBRA DAS SUAS MAOS O HOMEM RECEBERA RECOMPENSA PROVERBIOS 12/14