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Radio Plenitude FM

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A VITÓRIA DE SAUL SOBRE OS AMALEQUITAS. I SAMUEL -15.



Samuel, o profeta do SENHOR, instruiu a Saul, o rei de Israel, para que destruísse totalmente o povo amalequita. "Destruir totalmente", vem do original hebraico que literalmente diz "colocar sob maldição". Essa maldição envolvia dedicar cidades, pessoas, animais e propriedades ao SENHOR para destruição (Deuteronômio 7:2-6; 12:2-3; 20:16-18). Embora esta prática fosse severa, era uma punição justa decretada por Deus.
Amaleque era neto de Esaú (Gênesis 36:12,16; l Crônicas 1:36). Os descendentes de Amaleque, no tempo do êxodo dos israelitas do Egito, haviam sido amaldiçoados por Moisés pelo mal que haviam feito a Israel: "Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saias do Egito; como te veio ao encontro no caminho, e te atacou na retaguarda todos os desfalecidos que iam após ti, quando estavas abatido e afadigado; e não temeu a Deus. Quando, pois, o SENHOR teu Deus te houver dado sossego de todos os teus inimigos em redor, na terra que o SENHOR teu Deus te dá por herança, para a possuíres, apagarás o memorial de Amaleque de debaixo do céu; não te esqueças." (Êxodo 17:7,14, Deuteronômio 25:17-19). Isso havia acontecido quatro séculos antes, mas agora Deus instrui Saul para dar cumprimento a essa maldição, destruindo os amalequitas.
Se esse povo continuasse em existência, seria uma grande ameaça aos israelitas. Eles formavam bandos que atacavam e destruíam outros povos, para levar os seus haveres e escravizar as suas famílias. Foram os primeiros a atacar os israelitas quando entravam na terra prometida, e os atacavam sempre que tinham a oportunidade. Os israelitas nunca teriam paz enquanto os amalequitas estivessem lá. Sua religião era também idólatra e corrupta. A única maneira de proteger Israel era destruir completamente este povo, com seus ídolos.
Saul, obediente, convocou o povo e os contou: duzentos mil homens de pé e dez mil de Judá. Eram trezentos mil de pé e trinta mil de Judá quando havia começado a reinar (l Samuel 11:8) - seu exército estava diminuindo.
Depois que os quenitas haviam saído, Saul e seu exército atacaram os amalequitas, e destruíram todo o seu povo numa área grande ao sudoeste de Israel no caminho para o Egito: de Havilá até Sur. Sobre Havilá, Moisés havia escrito que havia ali ouro do bom e pedras preciosas (Gênesis 2:12), enquanto que Sur foi o nome de uma grande área semi-deserta onde foi morar Ismael: era onde o anjo encontrou sua mãe (Gênesis 16:7,25:16-18). Saul fora obediente até este ponto.
Lamentavelmente, porém, Saul tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas, e dos animais e objetos só destruiu o que era vil e desprezível, poupando o que era bom e aproveitável.
Ao poupar animais e objetos preciosos, Saul e seus soldados estavam fazendo exatamente o que os amalequitas faziam aos outros, tornando-se assaltantes como eles. Ele deu a impressão que o seu ataque tinha como finalidade saquear os amalequitas, e isto havia sido proibido por Deus. Também salvou Agague, que, como rei, era o maior responsável pela perversidade do seu povo, e merecia morrer mais do que qualquer um dos seus súditos.
Desobediência "seletiva", não é obediência. Pecar "um pouquinho só" porque nos traz vantagens materiais ou outras, não é ser esperto: e só outra forma de desobediência. Por exemplo: não nos é permitido consultar os médiuns. Se, desesperados por causa de alguma doença, formos procurar cura no espiritismo, estaremos pecando.
Ao dizer a Samuel que se havia arrependido de haver constituído rei a Saul, o SENHOR não estava admitindo que havia se enganado, mas declarando sua tristeza com a desobediência dele (ver Gênesis 6:5-7). Sendo onisciente, Deus não se engana nem muda os seus planos (versículo 19). Ele apenas mudou sua atitude com Saul porque Saul mudou seu comportamento.
Saul não mais pensava em agradar a Deus, mas em satisfazer seus próprios desejos. Samuel também havia gostado de Saul e queria que ele tivesse sucesso. Mas Deus agora rejeitou Saul: Samuel, obediente ao SENHOR, teve que cumprir as Suas ordens. A desobediência de Saul tinha que ser castigada.
Saul pensou que havia ganho uma grande batalha sobre os amalequitas, e construiu um monumento para si. Que orgulho!
Quando viu que a sua desobediência tinha sido descoberta, Saul procurou transferir a culpa para o povo: mas, como rei, ele era o maior responsável. Vemos aqui a fraqueza do seu caráter.
Saul ainda procurou justificar-se mostrando-se muito piedoso: ele queria os animais mais excelentes para oferecer em sacrifício ao SENHOR Deus de Samuel! Talvez Saul pensava que ninguém iria perceber a sua mentira e assim não seria censurado. Pessoas desonestas logo começam a acreditar nas suas próprias mentiras, e depois não sabem distinguir entre o que e verdade e o que é mentira.
Aqui aparece a declaração "obedecer é melhor do que o sacrificar", que aparece muitas vezes na Bíblia (Salmos 40:6-8; 51:16, 17; Provérbios 21:3; Isaías 1:11-17; Jeremias 7:21-23; Oséias 6:6; Miqueias 6:6-8; Mateus 12:7; Marcos 12:33; Hebreus 10:8, 9). Não que Deus não se agrada de sacrifícios como ofertas a Ele, mas nada valem se quem as faz não mostra seu amor primeiro pela obediência.
A rebelião e a obstinação são pecados tão sérios quanto a feitiçaria e a idolatria e o culto a ídolos do lar. Foi por isso que Saul foi agora rejeitado como rei, pelo SENHOR. É uma mensagem importante para nós que nos chamamos filhos de Deus. 0 Senhor Jesus disse "Vos sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando" (João 15:14). Ser desobediente a Ele é ser rebelde a Deus, e é pior do que feitiçaria.
Saul se arrependeu, mas isto não lhe deu o reino de volta. Como pessoa, Deus o perdoou e aceitou o sacrifício que fez logo depois com Samuel. Isto era importante para que não perdesse a confiança dos anciãos do povo.
Samuel executou ele próprio o rei dos amalequitas, diante do SENHOR, retirou-se e nunca mais viu Saul até o dia da sua morte.

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