Educação cristã: responsabilidade dos pais - lição nº 8 - EBD - CPAD
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Com certeza, a educação cristã é uma das mais importantes responsabilidades dos pais, como afirma o título da lição número 8 da revista Lições Bíblicas, comentada por Elinaldo Renovato, publicação da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
O ensinamento cristão fortalece as famílias. Se desejamos uma sociedade mais justa e solidária, precisamos enfatizar o valor da Palavra de Deus e usá-la à Educação Cristã na família.
A Igreja e a responsabilidade dos pais na criação dos filhos
Jesus provê mestres para sua igreja, e assim ela tem condições de assumir a função de orientadora e como tal instruir eficazmente pais e filhos segundo a Palavra de Deus (Efésios 4.11; Mateus 28.19-20). Ainda que os pais recebam apoio e assistência da igreja para educar os filhos, a autoridade e educação cristã das crianças, adolescentes e jovens, é um dever intransferível e pessoal dos pais.
Os filhos são herança do Senhor (Salmo 127.3)
De acordo com os preceitos das Escrituras Sagradas, os filhos são bênçãos de Deus para o lar.
Cabe aos pais usar com responsabilidade e amor a autoridade, que é legítima e imprescindível, visando a boa formação das crianças. Os pequeninos necessitam ter referencial paterno bem estabelecido, com limites justos, necessários e cristãos. Cabe aos filhos respeitar seus pais e ver neles "instrumentos" que Deus colocou em seus caminhos para conduzi-los à maturidade física e espiritual.
Se os filhos acatam a autoridade paterna, a vida deles é prolongada e bem-sucedida com as bênçãos do Senhor (Êxodo 20.12). Se eles são ensinados corretamente por seus pais, segundo o temor do Senhor e os conselhos de sua Palavra, a vida em família é vivida num ambiente autenticamente doméstico, repleto de amor e tranquilidade.
A Educação Cristã e o curso deste mundo
A sociedade ocidental a cada dia que passa omite mais a figura paterna na educação dos filhos. Os pais não devem temer serem taxados de ignorantes e antiquados ao assumir o controle paterno segundo a perspectiva cristã, pois a ausência deste exercício é a principal causa da crise de identidade no lar e da dissolução de muitas famílias.
O Senhor confiou a tarefa de educar aos pais. Mas infelizmente nem todos cumprem com sua obrigação, não exercem a dinâmica à risca. Nota-se que a figura dos pais está cada vez mais ausente no processo de educação dos filhos. Não acompanham a vida estudantil, não apresentam aos filhos no convívio do lar a Palavra de Deus, que edifica a vida espiritual de todas as almas. Uma das razões que levam os pais a confiar e justificar a educação dos filhos aos avós, babás e creches, são as pressões sociais e econômicas.
O casal unido em prol dos filhos
Nos dias atuais, certamente ser pai cristão, ou mãe cristã, e educar de acordo com os princípios cristãos não é uma tarefa sempre fácil, mas a fé cristã precisa ser ensinada e vivenciada no lar, equilibrando amor e disciplina na educação. Precisamos agradecer ao nosso bom Pai Celestial por nos ter deixado conselhos a respeito disso na Bíblia Sagrada.
O homem deve exercer seu papel de pai na família, apoiado pela esposa - construtora da família e da sociedade quando usa a sabedoria do alto (Provérbios 14.1; 18.22; Tiago 3.17-18). A posição de educador é um fator importante, uma missão prioritária dada por Deus. O pai e a mãe, juntos, devem ensinar os filhos sobre o plano de Deus para a vida deles, fazê-los conhecedores de que é necessário obedecer todas as coisas que Cristo ordenou. Quando os filhos aprendem a submeter-se à autoridade paterna, é mais fácil treiná-los para que se submetam à autoridade e disciplina de Deus, e eventualmente a autodisciplina necessária para uma vida de obediência ao Senhor (Deuteronômio 6.4-9; Salmo 78.5). Os pais não podem desprezar o fato que a disciplina é essencial à vida social. É a disciplina que nos sustenta no caminho e na vontade de Deus. É preciso reconhecer a importância de se impor limites no processo da criação a fim de que os filhos tenham um comportamento conveniente para seu bem-estar e conduta apropriada para toda a sociedade.
Problemas de comunicação
Desde quando Deus criou Adão e Eva quis comunicar-se com o ser humano. Desde o jardim do Éden Deus estava interessado em conversar com os casais. Esposo e esposa, pais e mães, necessitam ter este relacionamento espiritual para que seus filhos possam aprender a ter comunhão com o Criador. Para que a Educação Cristã seja bem-sucedida, é mister combater falhas de comunicação na família. Boa parte das dificuldades no relacionamento mútuo de seus membros diz respeito a falhas de comunicação. Os mal-entendidos podem começar de várias maneiras: a palavra dita na hora errada; a indiscrição "com a melhor das intenções"; a "mentirinha inocente"; o pedido de perdão que faltou.
Limites
É importantíssimo que os pais não irritem seus filhos, tratando o adolescente como criança e o adulto como se fosse um adolescente (Efésios 6.4). O pai deve manter controle sobre os filhos até eles se tornarem maiores, possuírem a capacidade de entender os limites estabelecidos dentro e fora do lar, aprenderem a autodisciplina. Apenas o ensino da doutrina do Senhor é capaz de conduzir os filhos pelo caminho da retidão, ao desenvolvimento de um caráter irrepreensível e santo, dando a eles a oportunidade para que recebam a informação impactante do Evangelho e através desse conhecimento encontrem a transformação espiritual que os faz novas criaturas, aptos a entrarem no céu.
Por sua vez, o filho deve obedecer aos pais até que se torne adulto, pessoa independente psicológica e financeiramente, porém, a prestação de honra deve ser exercida por toda a vida. Os pais idosos merecem muito respeito e admiração, além do cuidado especial, pois antes da velhice chegar doaram muito de sua vida em favor dos jovens, para mantê-los alimentados e saudáveis, para ensiná-los, para torná-los cidadãos de bem.
Conclusão
Nem sempre viver em família é o que se pode chamar de "um mar de rosas" ou "um céu na terra". É desejo de Deus, no entanto, promover no lar, o quanto mais profundo e rápido possível, um relacionamento familiar alicerçado sobre o amor e o perdão manifestados para nós na pessoa e obra de seu Filho Jesus Cristo. A Palavra de Deus ajuda a prevenir e consertar problemas familiares. Então, deve ser usada para essa finalidade. Há algumas maneiras de meditar sobre o conteúdo bíblico e aplicar a meditação no ambiente familiar: 1 - criando um momento diário ou semanal, de pelo menos quinze minutos para conversar sobre assuntos da Bíblia Sagrada; 2 - reunir-se para dialogar sobre passagens bíblicas meditadas particularmente. A Bíblia é imparcial, justa e verdadeira, a principal ferramenta de serviço na Educação Cristã. E.A.G. Por Eliseu Antônio Gomes
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"Estas
três coisas me maravilham; e quatro há que não conheço: O caminho da águia no
ar; o caminho da cobra na penha; o caminho do navio no meio do mar; e o
caminho do homem com uma virgem". - Provérbios 30.18-19.
Tal provérbio revela o deslumbramento de Salomão diante da vida em seus variados aspectos. 1. Águia. Salomão era consciente que o Criador projetou as águias. E maravilhava-se ao ver a capacidade delas de voar e plainar nas alturas, a beleza e a força dessa grande ave predadora, que possui visão potente, pode ver a presa de muito longe, e é capaz de descer em voo rasante e certeiro e capturá-la, com suas garras, sem precisar pousar. Salomão, apesar de sua excelente sabedoria, não conseguia entender como era possível que isso acontecesse. 2. Cobras. É comum ao cristão associar o réptil ao diálogo de Satanás com Eva no Éden, e olhar para esse animal com desprezo. Mas ele é apenas mais um dos animais da criação de Deus, com sua posição útil dentro da cadeia alimentar da Natureza. As cobras exterminam muitas pragas, por exemplo, os roedores. Por falta de cobras, os ratos se multiplicam nos centros urbanos e rurais. Em Números 21.7-9, encontramos a narrativa em que o povo hebreu falava mal de Moisés e de Deus. Então o Senhor permitiu que eles fossem picados por serpentes venenosas e muitos morreram envenenados. Os sobreviventes reconheceram o erro e se arrependeram. Vieram a Moisés e conversaram com ele, reconciliando-se, e o patriarca intercedeu por todos ao Todo-Poderoso. Então Deus pediu a Moisés que providenciasse uma serpente de metal e a erguesse em uma haste, orientando que quem fosse picado deveria olhar para ela. Quem olhava sobrevivia ao efeito letal do veneno da picada. Jesus lembrou-se desse episódio e nos fez entender que o animal levantado era a representação de sua própria pessoa na cruz. Por intermédio do sacrifício dEle, conquistamos a vida eterna se o reconhecemos como nosso Senhor e Salvador (João 3.14-15). 3. As rotas de navios Davi juntou o dinheiro necessário e Salomão construiu o templo de Jerusalém. A construção recebeu muito material importado, que vinham em transportes de navios. É provável que ele tenha se deslumbrado com a sabedoria que o Criador deu ao homem para inventar tão grande e útil meio de locomoção marítima. 4. O homem e a virgem Salomão era cônscio que o Senhor protegia as mulheres e incentivava que elas permanecessem castas até o casamento (Êxodo 22.16-17; Levíticos 21.13). Ele declarou não compreender os preâmbulos apaixonados de um cortejo, a graciosidade da moça diante do conquistador de seu coração, e a grandiosidade e importância da unidade masculina com a feminina em face ao casamento, quando ambos se tornam "uma só carne" (Gênesis 2.24; Marcos 10.8 ). Na sociedade atual o sexo está banalizado. Ainda nos dias de hoje o corpo é templo do Espírito . É extremamente importante cuidar do corpo, preservá-lo ao romance dentro do casamento, pois o casamento é a única instituição que representa a vida eterna com Cristo. Talvez Salomão não tenha compreendido "o caminho do homem com uma virgem", porque o matrimônio é o enlace que simbolizada o evento mais importante de todos os tempos. Paulo ao instruir sobre o assunto, escreveu ser o casamento entre um homem e uma mulher um mistério, um advento comparável a união de Cristo com a Igreja no céu (Efésios 5.28-33). Tanto Paulo quanto João usaram a instituição matrimonial como símbolo da união de Cristo com a Igreja (2 Coríntios 11.2; Apocalipse 21.12). Salomão sabia que é interesse do Senhor que pessoas solitárias vivam em família (Salmo 68.6); e que quem encontra um (a) companheiro (a) conjugal é uma pessoa abençoada por Deus (Provérbios 18.22). E.A.G.
Fonte: Belverede
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Sendo religioso ou não, qualquer pessoa ao redor do planeta já ouviu falar ou
leu parte ou toda a Bíblia Sagrada. Não há sombra de dúvida que é um dos
livros, mais citado de todos os tempos.
A melhor definição para a Bíblia é que ela é uma coleção diversificada de
escritos, dividido em duas partes:
• Antigo
Testemento, que narra a história do relacionamento de Deus com e em favor do
povo hebreu;
• Novo Testamento, que compartilha a história de Jesus, o Filho de Deus, relata
seus ensinamentos, a vida, a morte e ressurreição, como também as experiências
dos primeiros cristãos.
O significado da Bíblia Sagrada para a fé cristã é bastante profundo. O cristão
se relaciona com a Bíblia considerando-a a Palavra de Deus em forma escrita.
Nas páginas bíblicas, nutre e desenvolve a fé através da obra do Espírito
Santo, que por meio da leitura aponta para Jesus Cristo. Ao ler, o cristão
recebe novas percepções que o ajuda a crescer, se percebe desafiado a buscar um
relacionamento com Deus mais profundamente.
O Pr. Geremias do Couto escreveu o seguinte sobre seu contato com os livros dos
livros:
"Quanto
mais leio a Palavra, mais sinto necessidade de lê-la. Aprendi que não posso
viver sem ela. Por muito tempo, minha leitura priorizava encontrar bons temas
para mensagens, estudos bíblicos e artigos para a publicação. Ficava atrás de
bons esquemas para as minhas exposições bíblicas. Era uma espécie de "fast
food". Pude perceber, com o passar dos anos, o quanto perdi. Não que as
mensagens, os estudos bíblicos ou mesmo os artigos deixem de ter o seu lugar.
Mas hoje tenho outra perspectiva.
Leio a Bíblia
porque ela me é imprescindível. Busco encontrar nela o modo como Deus quer que
eu viva. Tenho-na como o alimento que nutre a minha vida espiritual todos os
dias, sem o qual jamais estaria fortalecido para os embates da vida. Leio-na
com o propósito de deixar que ela induza em mim, como bem expressou Russel
Shedd, bons hábitos para o meu dia a dia. Leio-na por necessidade, sem deixar
de levar em conta o prazer que encontro em cada passo da minha leitura
Tenho como prática ler em diferentes versões,
inclusive aquelas cuja linguagem é mais acessível ao entendimento. Concentro-me
em extrair o máximo de cada passagem, sem deixar sobras para trás, deixando que
o Espírito Santo aplique cada período, cada frase, cada palavra ao meu coração.
Oh, quanta riqueza! Aprendi que a partir dessa perspectiva, dessa mudança de
foco, as demais coisas são consequência. As mensagens saltam aos olhos, os
estudos, mediante boa exegese, brotam como grandes nascentes, e o pão que me é
servido à mesa, posso compartilhá-lo com muito mais alegria."
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Como definir milagres? Milagres são operações de caráter divino, fazendo
intervenções na esfera física. Podem ser vistos na cura de doentes, na
multiplicação de viveres, na intervenção de elementos da natureza e até na
ressurreição de mortos.
.
O ministério profético de Elias aconteceu com muitos milagres impressionantes.
E seria humanamente impossível que o número fosse superado, no entanto foi
exatamente isso o que aconteceu.
.
Instantes antes do profeta Elias ser arrebatado ao céu a bordo de uma carruagem
num redemoinho, seu companheiro Eliseu pediu a porção dobrada do seu espírito
(2 Reis 2.9). Debaixo da inspiração de Deus, Elias respondeu positivamente ao
pedido, mas colocando uma condicional. Era preciso que Eliseu estivesse
presente no momento de sua partida, e assim ocorreu.
.
Deus confirmou o ministério de Eliseu com a manifestação de poder e o dobro de
milagres sucedidos no ministério de Elias. O sobrenatural de Deus veio a
acontecer duas vezes mais do que os realizados por Elias para comprovar que sua
solicitação foi atendida.
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1 - A divisão
das águas do Jordão (2 Reis 2.14);
2 - A transformação da água insalubre em potável em Jericó (2 Reis 2.21);
3 - A maldição sobre jovens zombadores (2 Reis 2.24);
4 - A profecia do surgimento das águas no vale (2 Reis 3.17);
5 - A multiplicação do azeite da botija da viúva (2 Reis 4.4);
6 - A profecia de que a mulher sunamita teria um filho (2 Reis 4.16);
7 - A ressurreição do filho da sunamita (2 Reis 4.34);
8 - O veneno da panela que não surtiu efeito (2 Reis 4.41);
9 - A multiplicação do pão (2 Reis 4.43);
10 - A cura de Naamã (2 Reis 5.14);
11 - A percepção sobrenatural à transgressão de Geazi (2 Reis 5.26);
12 - Geazi amaldiçoado com lepra (2 Reis 5.27);
13 - O machado que flutuou (2 Reis 6.6);
14 - A percepção dos planos estratégicos de guerra da Síria (2 Reis 6.9);
15 - A visão espiritual de cavalos e carros de fogo (2 Reis 6.17);
16 - O exército sírio atingido com cegueira (2 Reis 6.18);
17 - A restauração da visão do exército da Síria (2 Reis 6.20);
18 - A profecia do fim da grande fome, da abundância de viveres (2 Reis 7.1);
19 - A profecia sobre o nobre escarnecedor que iria ver o milagre da
abundância, mas não participaria dela (2 Reis 7.1-2);
20 - A fuga dos sírios ao som de pelotões de carros de guerra (2 Reis 7.6);
21 - A profecia da fome de sete anos (2 Reis 8.1);
22 - A profecia sobre a morte de Ben-Hadade (2 Reis 8.10);
23 - A profecia a Hazael anunciando que ele seria um rei cruel contra os
israelitas (2 Reis 8.12-13);
24 - A profecia que Jeú seria ferir a casa de Acabe (2 Reis 9.1-2,12);
25 - A profecia que Joás iria ferir os sírios em Afeque (2 Rs 13. 14-17);
26 - A profecia que Joás iria atacar e destruir a Síria por três vezes, mas não
de maneira total (2 Reis 13.18-19);
27 - Ressurreição do homem tocado por seus ossos (2 Reis 13.20-21).
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Assim como
vida ministerial de seu antecessor, a de Eliseu foi repleta de milagres
impressionantes, realizados de muitas formas: pelos elementos água e óleo,
farinha, pão, grãos. pela palavra emitida e também através da oração.
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Cada milagre ocorrido não visava a glória do homem, não aconteceram com o
objetivo de promover um mero show, alimentar a curiosidade humana, mas para a
glória de Deus e expressão da graça e amor divino. De forma geral, foram manifestos
em momentos de angústias, onde apenas Deus poderia intervir, como foi o caso da
predição de alimentos para Samaria sitiada e faminta. Vários eventos mostram
claramente que foram realizados com a intenção de produzir fé tanto fora como
dentro dos limites de Israel. Através de cada milagre, entendemos que o Senhor
está pronto para reconstruir o que está destruído, restaurar o que está
perdido, na vida daqueles que estão conscientes de prontidão e disposição do
Senhor.
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Deus não mudou. Ainda nos dias atuais a ação sobrenatural do poder divino
acompanha a vida de pessoas que creem (Marcos 16.17-18).
EBD 2013 - 1º Trimestre: Elias, a depressão do homem de Deus
Artigo relativo à lição nº 5, Um Homem de Deus em depressão, com comentários de José Gonçalves. Este conteúdo visa servir de subsídios aos alunos que usam a revista Lições Bíblicas, publicada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus, cujo material é dirigido à Escola Bíblica Dominical (EBD) no período do 1º Trimestre de 2013: Elias e os profetas de Baal. Contudo, o texto é abrangente, serve a todo aquele que deseja meditar sobre o assunto.
O que é a depressão? Depressão é parte de um processo psicológico. é um transtorno psiquíatrico ligado ao desequilíbro das substâncias químicas no cérebro. É mais do que uma simples tristeza, é uma doença que precisa ser tratada. Ela pode ser de origem genética, como também aparecer devido estresse, estilo de vida, alimentação e problemas de ordem pessoal. Causa desânimo, delírio, comportamento autodestrutivo, suicídio.
"Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança" - Romanos 15.4.
Como homem de Deus, Elias era espiritual, tinha a capacidade de fazer o extraordinário de Deus acontecer, apesar de todos os pesares da limitação humana. As Escrituras Sagradas relatam a fragilidade do profeta tisbita e de outros grandes personagens bíblicos. E através disso vislumbramos que o Senhor está interessado em ajudar os depressivos a superarem a depressão.
Observe como Deus trata o deprimido Elias em 1 Reis 19.5-7: Ele o faz dormir duas vezes e lhe dá dois pratos de comida. Isso o profeta deveria ter feito por si mesmo. Muitos cristãos desabam deprimidos por negligenciar os devidos cuidados necessários quanto às coisas mais essenciais da vida, que são comer e dormir.
É surpreendente a diferença de comportamento de Elias em 1 Reis 18 e 1 Reis 19. Primeiro, um Elias entusiasmado e ousadíssimo demonstra o poder e a grandeza de Deus ao confrontar o rei e 850 sacerdotes pagãos, depois, diante da ameaça de Jezabel, corre assustado e se esconde. O que houve? Talvez o profeta esperasse que diante do fato de orar e descer fogo do céu, tudo mudaria em Israel, a idolatria acabasse e Acabe se convertesse ao Deus verdadeiro. Talvez, a mudança drástica de ânimo aconteceu porque ao invés de ocorrer um grande avivamento, a perseguição passou a ser mais intensa, havia o iminente risco de morrer.
Elias, como ser humano era sentimental, se decepcionou e experimentou a dor da alma,, todas as intempéries da vida. Durante os momentos de conflitos internos, períodos de enorme tristeza, sentiu medo e empreendeu fuga, isolou-se e sentiu comiseração. Em sua solidão e sentimento de autopiedade quis morrer, e descobriu que estava debaixo dos cuidados de Deus (1 Reis 19.3-7; Tiago 5.17-18).
Aprendemos com a expectativa de Elias que apesar de Deus trabalhar em nossas vidas de maneira espetacular, nem sempre a reviravolta que desejamos que aconteça, acontecerá de imediato. Se nos concentramos em determinado resultado rápido, poderemos cair na mema depressão do profeta: sentimento de fracasso, medo e frustração. É preciso ter paciência, ignorar as aparentes dificuldades e enxergar além dos problemas. Não há nenhum erro em querer ver o melhor, mas é necessário tomar cuidado com a espécie de nossas expectativas, pois elas podem levar às grandes decepções.
Nenhum cristão está imune ao desconforto psicossocial. Então, precisa manter o foco na direção certa. Não andamos por vista mas pela fé. Usando a fé jamais nos esqueceremos que Deus está no controle de tudo (2 Coríntios 5.7; Salmos 103.19; 115.3). Ao manter a confiança que o Senhor é fiel, e descartamos os anseios equivocados, descansamos nas promessas e princípios revelados nas Escrituras Sagradas (Números 13.1-2; Salmo 19.7-9; 93.5; Romanos 4.16-21).
Elias e a viúva de Sarepta - liberado para copiarElias e a viúva de Sarepta - liberado para copiar
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O perfil de Habacuque
O nome Habacuque significa “abraço”. Ele profetizou para Judá, reino do sul, emitiu profecias a respeito da iminente invasão dos babilônios (caldeus).
Habacuque não era como os outros profetas. Os outros profetas exerceram seu ministério trazendo mensagens de Deus para a humanidade; entretanto Habacuque se limitava a dirigir-se a Deus e a meditar acerca dos enigmas profundos da vida, enquanto se defrontava com duas terríveis realidades: a degeneração de sua própria nação e a certeza de que ela estava a ponto de ser destruída por outra nação ainda pior.
Deus faz o profeta entender que aos fiéis não é difícil compreender as coisas em sua volta.
Contexto
Habacuque exerceu seu ministério em uma época de crise. Comparando os contextos da referência 1.2-4 com 2 Reis 21.22, podemos posicionar seu ministério no período do rei Jeoiaquim, entre 612 e 600.
O profeta abordou o período da opressão babilônica, quando os babilônios se apoderaram do império assírio e dessa forma os judeus, outrora subjugados pela Assíria, ficaram sob o domínio da Babilônia. O jugo dessa nova opressão não era menor do que a anterior.
As dificuldades internas no reino de Judá eram gravíssimas. O profeta vê isso, medita nesta situação e interroga-se sobre o futuro do seus contemporâneos. Discute o problema do mal, talvez um dos assuntos mais difíceis com o qual a teologia tem de lidar. E Deus faz-lhe ver que não é difícil compreender para quem se mantém fiel.
O livro
Alguns biblistas afirmam que o livro foi compilado em 607 ou 606 a.C.
O livro de Habacuque é resultado da introspecção e observação do profeta. Ele observava seus contemporâneos cometendo iniquidades e se sentia frustrado e confuso e em oração dizia a Deus quais eram os seus sentimentos de incompreensão. Em geral, eram coisas como: “Deus às vezes o Senhor simplesmente não faz sentido!”.
Ao testemunhar a violência, a injustiça e maldade em seu próprio país, em seu coração o profeta se perguntava a razão de Deus não intervir, questionava para si mesmo porque Deus não respondia quando ele clamava pedindo providências. Então, levou seus dilemas internos diretamente a Deus. Em oração, perguntava o motivo de um Deus tão bom não interferir ou demorar a intervir. E clamava pela justiça divina diante de tanta iniquidade.
A resposta do Senhor causou perplexidade ao profeta. Deus informou a ele que os babilônios deixariam Judá em pedaços. Ele não esperava que Deus dissesse que permitiria a opressão dos babilônios sobre Judá como uma maneira de punir os judeus violentos, injustos e maldosos. Ao tomar ciência da crueldade com que a Babilônia era capaz de tratar Judá, o profeta se revoltou. Então volta-se aos questionamentos queixosos: poderia ser considerada justiça permitir que Judá recebesse castigo por meio de uma nação mais malvada que ela? Como pode um Deus justo permitir, e até fazer uso de um mal assim? Não sabemos quanto tempo Habacuque esperou pela resposta de Deus, mas a resposta foi dada a ele.
Para aprofundar plenamente as perguntas de Habacuque, convém ao estudante das Escrituras aprofundar-se no livro de Jó e no Salmo 73, conteúdos bíblicos que exploram temas semelhantes.
Ao ler o livro tente imaginar as transformações emocionais que o profeta experimentou ao falar com Deus.
Os dois primeiros capítulos contêm as perguntas do profeta e a resposta de Deus, que se resume fundamentalmente nisto: Deus age com justiça; é Ele quem domina o mar, a terra e as nações, é capaz de socorrer e salvar o seu povo.
O justo viverá da fé...” (2.4; Romanos 1.17; Gálatas 3.11; Hebreus 10.38). A declaração na referência 2.4 pode ser considerada uma das mais importantes da história eclesiástica. Citada pelo apóstolo Paulo em sua carta aos crentes de Roma, o texto viria a se tornar o grande lema da Reforma Protestante, ocorrida no século 16, o alicerce à apologia da vida cristã.
Habacuque 2.4 é a única citação da palavra “fé” em todo o Antigo Testamento. A passagem confirma a inspiração divina e canonicidade do livro, por ser citada três vezes no Novo Testamento.
As referências neotestamentárias à Habacuque 2.4 são os mais expressivos textos que confrontam a salvação pela graça e a salvação pela lei.
O livro ainda se ocupa em repreender a idolatria, apontando as “respostas” dos pedidos feitos aos ídolos como uma manifestação do espírito do engano.
O Salmo de Habacuque
No terceiro capítulo, temos uma das mais belas expressões do amor incondicional a Deus , é a melhor explicação sobre a relação de Deus com o mal existente no mundo. Trata-se da resposta de Deus a Habacuque, que diluiu os dilemas que havia no coração dele.
O capítulo 3 é o desfecho do livro, é composto por um dos mais famosos cânticos da Bíblia Sagrada.
Encontramos um Salmo alegre, uma teofania. Habacuque vê a poderosa glória do Senhor, e seu coração se comove. O que ele viu mudou sua disposição de queixa para alegria. E passa a descrever Deus em ação vencendo os ímpios e toda impiedade. A manifestação do Senhor é inspirada em sua presença majestosa no Monte Sinai (Êxodo 19).
Habacuque 3.19 parece indicar a associação do autor com a música, o que dá a entender que, talvez, ele fosse um levita.
Lições em Habacuque: semeadura e colheita
Deus mostrou para Habacuque duas coisas seguras. Primeira: os babilônios violentos e orgulhosos seriam destruídos com as mesmas armas que haviam usado contra outros povos, assim como destruíram nações inteiras, também eles seriam destruídos. O mal pode até dominar sobre a terra, mas ela não tem força permanente (2.13). A segunda certeza era o caráter de Deus. Ele permanece em silêncio durante determinado tempo, mas nunca para sempre (2.14).
O livro de Habacuque não responde a razão de Deus permitir o mal. Declara que Deus jamais perde o controle sobre as situações. Esclarece que o mal encontra seu destino lógico de autodestruição. Informa que a glória do Senhor encherá a terra no tempo que o Criador assim determinou acontecer.
Aplicação pessoal
O cristão deve apegar-se à verdade de que o justo vive pela fé.
Seja paciente, o futuro pertence a Deus. O crente pode encontrar esperança e alegria mediante a fé em Deus, sem se importar quais sejam as circunstâncias no tempo presente e no futuro.
É possível que aconteça muitas vezes de o cristão sentir-se confuso ao presenciar a escalada, aparentemente triunfante aos olhos de Deus, de pessoas injustas. E em sua mente confusa fazer reclamações a Deus por considerar que Ele esteja sendo omisso. Habacuque não permaneceu apenas no campo das reclamações. Demonstrou que acontecesse o que acontecesse, para ele a vida só seria considerada plena na presença do Senhor. E aproximou-se de Deus em oração, abriu seu coração com clareza plena fazendo indagações que desejava respostas. Ao agir assim, mostrou ser homem de fé.
Podemos fazer a mesma coisa? Sim, porque existe um pouco de Habacuque dentro de nós. É exatamente isso que nós cristãos devemos fazer quando nos sentimos confundidos com ocorrências em nosso derredor. Emitir reclamações "perturba" ao Senhor, porém, as perguntas sinceras são sinais de confiança e Lhe agradam!
Deus lhe concederá contato direto e exclusivo para tirar todas as dúvidas. Quando alguma coisa não faz sentido, costuma ser porque ainda não dispomos de informações suficientes. Falta uma visão geral da situação. Em situações confusas, peça em oração que Deus esclareça tudo, mas não espere que Ele esclareça no momento seguinte, continue perseverante em sua devoção ao Senhor, mantenha a confiança de que Ele esclarecerá você no momento certo, e se realmente for preciso terá todos os detalhes muito bem explicadinhos.
Medite sobre a origem da confiança e alegria de Habacuque.
Conclusão
O profeta expressou maravilhosamente essa atitude de fé nos últimos três capítulos do livro e por seu procedimento aprendemos que não importa quão difícil a vida possa ser, pela fé encontramos fontes de alegria e de renovação das forças para continuar em pé e seguindo adiante.
A declaração sobre a importância da fé não resolve problemas, mas ajuda o ser humano a superar os momentos difíceis, até que o julgamento divino chegue. No caso de Habacuque, o julgamento divino sobre a Babilônia.
É quase certo que Habacuque não viveu tempo suficiente para ver a destruição dos babilônios, mas hoje a Babilônia é apenas parte de memória histórica conforme a predição. Assim como Habacuque, devemos esperar com fé que as promessas divinas se cumpram, pois é exatamente no cumprimento delas que a glória do Senhor enche a terra (2.14).
EBD 2013 - 1º trimestre: Elias o tisbita
A lição nº 2 da revista Lições Bíblicas, comentada pelo Pr. José Gonçalves, professor de teologia, vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB, nos faz refletir que Deus usa pessoas simples para missões importantes.
Quem era Elias?
Além do profeta, existem outros três personagens bíblicos chamados Elias. O primeiro deles era sacerdote benjamita (1 Crônicas 8.27) . O segundo e o terceiro foram um sacerdote e uma pessoa leiga nas coisas religiosas, que se casaram com mulheres estrangeiras (Esdras 10.21, 26).
Exceto a referência ao profeta em 1 Reis 17.1, que nos informa que Elias era tisbita, um dos moradores de Gileade, não há informação sobre seu passado, nem se quer os detalhes de seu chamado ministerial e informações sobre sua família. Ele aparece nas páginas das Escrituras Sagradas de maneira repentina e sem introdução pormenorizada.
O ministério de Elias pode ser descrito como determinado pelo Espírito Santo através de grandes ações impactantes. Ele é precursor dos profetas escritores, as suas mensagens antecipam os oráculos de Amós e Oséias, traz à memória dos israelitas a necessidade de adoração exclusiva ao Senhor e os padrões de retidão contidos no Código Mosaico.
Comparações entre Moisés e Elias
A vida de Elias é comparada em muitos aspectos com a de Moisés.
No Antigo Testamento, o Monte Sinai também é conhecido como Monte Horebe. O episódio da passagem de Elias na região é bastante relevante e fortalece o paralelo entre ele e Moisés, que viveu no mesmo local experiências extraordinárias com Deus.
Os ministérios de Moisés e de Elias foram marcados com a presença do fogo (Êxodo 13.21; 19.18; 24.17; Números 11.1; 16.35; 1 Reis 18.38; 2 Reis 1.10, 12).
O fim da jornada terrestre de Moisés é cercada de mistério, de igual modo existe uma aura misteriosa ao fim da caminhada de Elias (Deuteronômio 34.6; 2 Reis 2.11).
Elias recebeu o acompanhamento leal de Eliseu e por ele foi precedido, assim como Moisés teve como companheiro de jornada o amigo Josué, que o substituiu em seu ministério (Deuteronômio 34.9; Josué 4.14; 2 Reis 2.14).
Referências neotestamentárias
Malaquias profetizou que Deus enviaria Elias antes do grande e terrível Dia do Senhor (4.5, 6). Jesus Cristo esclareceu que essa profecia fazia referência à semelhança de ministerial entre Elias e João Batista, à maneira direta como ambos se comunicavam e à simplicidade como viviam e se vestiam (Mateus 11.14; 17.12).
Elias reapareceu em pessoa no monte da transfiguração e é citado por Jesus em Nazaré: Marcos 9.4; Lucas 4.25, 26.
Cartas apostólicas citam Elias: Romanos 11.2-4; Tiago 5.17-18.
HISTORIA DOS PRESOS MAIS CONHECIDOS DA BIBLIA
A Epístola aos Hebreus faz questão de registrar que alguns heróis da fé da antiga aliança foram “acorrentados e jogados na cadeia” (Hb 11.36, NTLH). E Jesus deixou claro que seus discípulos poderiam ser também perseguidos e presos (Lc 21.12). Não é pequeno o número de personagens bíblicos que foram parar em prisões. Os mais notáveis são:
José
Potifar, oficial de faraó e capitão da guarda, acreditou na calúnia de sua esposa e lançou José, o administrador de seus bens, na prisão destinada aos “prisioneiros do rei”. A palavra “prisão” no original hebraico permite que se chame esse lugar de “masmorra” (RA, TEB) ou “calabouço” (NVI, BP). Não se sabe por quanto tempo José ficou preso. Teria menos de 30 anos de idade na ocasião. O filho de Jacó e Raquel era um detento tão simpático e abençoado por Deus que se tornou, a mando do carcereiro, responsável por todos os demais presos (Gn 39.20-23).
Jeremias
Por anunciar o juízo iminente de Deus contra a nação, por meio de Nabucodonosor, rei da Babilônia, o profeta Jeremias foi espancado e preso numa casa transformada em prisão. O profeta foi colocado numa “cela subterrânea da prisão” (NVI), numa “cela cavada na terra” (NTLH), num “calabouço abobadado” (BJ) ou no “interior de uma cisterna” (TEB). Jeremias trocou de prisão algumas vezes. Depois de “muito tempo” na cela subterrânea, o profeta foi transferido para o pátio da guarda. Por continuar a proclamar que Jerusalém certamente seria entregue ao exército do rei da Babilônia, o preso foi lançado por meio de cordas para dentro de uma cisterna na qual não havia água, mas somente lama. Pouco tempo depois, o rei Zedequias ordenou que o retirassem da cisterna antes que ele morresse e o colocou no pátio mais uma vez.
Quando se deu a queda de Jerusalém, o comandante da guarda imperial de Nabucodonosor libertou Jeremias das correntes, deu-lhe provisões e um presente. Era o mês de julho de 586 antes de Cristo (Jr 37.1–40.6).
João Batista
Por ter denunciado a relação incestuosa de Herodes Antipas, o tetrarca, com Herodias, sua sobrinha e cunhada, João Batista, o precursor de Jesus, foi encarcerado. Algum tempo depois, a jovem Salomé, filha de Herodias, por sugestão da mãe, pediu ao tio que lhe desse num prato a cabeça de João Batista. Então, o tetrarca mandou decapitar João na prisão. A cabeça do morto foi entregue à jovem, que a levou à sua mãe, e o corpo sem a cabeça foi entregue aos discípulos de João para ser sepultado (Mt 14.1-12).
Paulo
Antes de ser preso várias vezes e em diferentes lugares (Filipos, Jerusalém, Cesaréia e Roma) e antes de sua dramática conversão no ano 35 da era cristã, provavelmente aos 30 anos de idade, Paulo fez com os primitivos cristãos o que mais tarde outros fariam com ele. Em sua fúria descontrolada, o jovem Saulo ia atrás dos cristãos de casa em casa, de sinagoga em sinagoga, tanto em Jerusalém como em cidades estrangeiras, e “arrastava homens e mulheres e os lançava na prisão” (At 8.3; 22.4; 26.10). A primeira prisão de Paulo, ocorrida em Filipos por ocasião da primeira viagem missionária, é quase uma piada. Embora detido no cárcere interior (o mais distante da porta) e com os pés colocados entre dois blocos de madeira, pouco depois da meia-noite daquele mesmo dia, Paulo não estava mais na cela, mas na casa do carcereiro, à mesa, tomando uma gostosa refeição, depois de ter suas costas ensangüentadas lavadas pelo próprio hospedeiro (não mais seu carcereiro). O apóstolo ficou detido dois anos em Cesaréia (At 24.27) e mais dois anos na primeira prisão em Roma. Em Roma, Paulo permaneceu numa prisão domiciliar, sob a guarda de apenas um soldado. Nessa casa alugada, entre 60 e 62 depois de Cristo, Paulo escreveu as chamadas Cartas da Prisão (Efésios, Filipenses e Colossenses) e “pregava o reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo abertamente e sem impedimento algum” (At 28.31).
Acredita-se que Paulo teria sido preso mais uma vez em Roma, “como criminoso”, não numa casa alugada, mas na prisão Mamertima, próxima ao Fórum, pouco antes de ser executado, talvez em 68 depois de Cristo. Dessa casa de detenção, ele teria escrito a Segunda Epístola a Timóteo. Como não conseguia ficar calado quanto às boas novas, Paulo, em suas prisões, evangelizou carcereiros, militares, guardas (os atuais agentes penitenciários) e presos, como o carcereiro de Filipos e o escravo Onésimo (At 16.29-31; Fm 10).
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CPAD - EDB 2012 - 4º trimestre - Joel e o derramamento do Espírito Santo
Joel, segundo dos chamados profetas menores, profetizou em Judá, seu pai
se chamava Petuel (1.1). Seu nome significa "Jeová é Deus", o que pode
indicar ter nascido em uma família de fervorosos adoradores de Jeová,
apesar deste nome hebraico ser bastante comum nos tempos do Antigo
Testamento.
Há quem afirme que Joel tenha sido contemporâneo do profeta Amós, pois
ambos apresentam os mesmos julgamentos - tendo Amós exercido seu
ministério em Israel.
Características do livro
A autenticidade do livro sempre foi aceita pelos judeus e tem a
confirmação no Novo Testamento (Joel 2.32; Atos 2.16-20; Romanos 10.13).
Não há no livro nenhuma indicação da época em que o profeta entregou a
mensagem. O mais provável, e aceito por biblistas, é que tenha sido nos
primeiros anos do reinado do jovem Joás, que subiu ao trono aos 7 anos
(1 Reis 11.21). As evidências apontam para 835 a.C. a 830 a.C.. A
mensagem do livro não está na dependência de sua data, e continua
altamente relevante para os dias atuais.
O livro de Joel pode ser dividido em suas partes. A primeira descreve a
terrível devastação nas terras de Judá ocasionada por uma grande praga
de gafanhotos e um período de seca. E a segunda, a promessa de Deus que
enviará o seu Espírito, a resposta de Deus para Israel e às nações.
A profecia de Joel fala da aparição de sinais em cima no céu e embaixo
da terra, sangue, fogo, colunas de fumaça, do sol convertendo-se em
trevas e da lua convertendo-se em sangue (2.30-31). Interpreta-se esse
texto como teofanias (formas de aparições do Senhor), objetivando
executar juízo sobre os pecadores (Êxodo 19.18; Apocalipse 8.7). Pedro
ratificou isso, no dia em que o Espírito Santo desceu sobre os
seguidores de Jesus reunidos em Jerusalém (Atos 2.17-21).
Observamos que os sinais cósmicos acompanhados de fogo, coluna de
fumaça, entre outros, não ocorreram no dia de Pentecostes, porque estão
reservados para os "últimos dias", dizem respeito ao período da Grande
Tribulação, "antes que venha o grande e terrível dia do Senhor" (Joel
.31; Atos 2.20).
O apóstolo Pedro conclui sua citação do profeta com as palavras "Todo
aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo. Na Bíblia Hebraica
SENHOR em consoantes maiúsculas indica o tetragrama YHWH (remete à
Jeová, Yahweh, Javé). Por sua vez, o apóstolo Paulo menciona o mesmo
texto de Joel, e explica que o SENHOR é Jesus Cristo (Romanos 10.13).
Notamos que o Espírito Santo reveste o crente em Jesus com poder e
convence o pecador de que ele precisa arrepender-se de seus pecados
(João 16.7-11; Atos 1.8). Arrependimento significa abandonar o pecado,
derramar lágrimas pelas faltas cometidas, voltar para Deus e permitir
que Ele assuma o comando de nossa vida.
A escatologia do profeta Joel
O livro de Joel é escatológico, onde encontramos advertências e
promessas divinas. Ele aborda questões sobre o fim dos tempos a partir
do derramamento do Espírito Santo no últimos dias.
Encontramos no livro o juízo imediato (Joel 1); o juízo iminente (Joel
2.1-27); e o juízo futuro (Joel 2.28 - 3.21). O profeta predisse o
futuro à luz do tempo presente, considerando um acontecimento presente e
iminente como símbolo de um acontecimento futuro.
Ao citar o profeta Joel, aludindo à escatologia do livro, o apóstolo
Pedro empregou apropriadamente o termo "nos últimos dias" (Atos 2.17) no
lugar de "depois" (Joel 2.28 a).
Apesar de Joel ser conhecido como o "profeta pentecostal", o livro não
fala apenas do batismo com o Espírito Santo, contém ameaças e promessas.
Anuncia mais do que o derramamento do Espírito Santo, aborta as pragas
de gafanhotos (1.1 - 2.27) e o julgamento das nações no fim dos tempos
(2.38 - 3.21).A mensagem principal de Joel é que Deus julga
Joel descreveu a destruição causada pelos gafanhotos: primeiro o
cortador; em seguida o migrador; depois, o devorador; e, por fim, o
destruidor. O profeta compara o ataque de insetos ao grande e terrível
Dia do Senhor, pedindo que tal fato não caia em esquecimento (Joel 1.3).
Os gafanhotos são apresentados na Bíblia como insetos usados como
instrumentos do juízo divino, conforme visto no Egito (Êxodo 10.12-20) e
mencionado por Moisés e Salomão (Deuteronômio 28.38, 39; 1 Reis 8.37).
Através dos gafanhotos, Deus convidou o povo a uma transformação. A
calamidade ocorreu porque o povo deu as costas ao Todo Poderoso,
dormiram na fé, entregaram-se ao vinho e a todo tipo de pecado. Deus
deixou de protegê-los, permitiu que os gafanhotos atacassem a
agricultura e assim os despertassem espiritualmente, para que
arrependessem de suas faltas. O arrependimento permite que o Senhor mude
a condenação em bênçãos amorosas.
Sobre os gafanhotos
Acerca da manifestação da praga sobre Judá, descritos em Joel 1.4,
alguns expositores bíblicos acreditam que não eram quatro tipos
diferentes de insetos, apenas quatro estágios do crescimento do mesmo.
Já outros, acreditam que sejam insetos de espécie diferentes. Sabe-se
que a locusta é um gafanhoto de antenas curtas, o pulgão um inseto menor
e parecido com o gafanhoto, e a lagarta o estágio larval do gafanhoto.
O Espírito Santo
O Espírito Santo é um ser divino, chamado de Deus de Israel (2 Samuel
23.2, 3), objeto da nossa fé e adoração. Ele é o que Deus é (1 Corintios
2.10, 11). Sua personalidade está presente em toda a Bíblia, que o
apresenta como uma pessoa e não como uma mera influência. Possui
inteligência (Romanos 8.27), emociona-se (Efésios 4.30), tem vontade
própria (Atos 16.6; 1 Corintios 12.11).
Por duas vezes Joel profetizou "derramarei o meu Espírito" (2.28, 29),
cujo texto é usado pelo apóstolo Pedro (Atos 2.17, 18). O verbo derramar
remete ao revestimento do poder divino, expressão de uma metáfora que
simboliza as múltiplas funções do Espírito, que nos lava e refrigera
(Isaías 44.3; João 7.37-39; Tito 3.5).
O derramamento do Espírito Santo inaugura a dispensação da Igreja, que
acompanhado de grandes sinais, faz do cristianismo uma religião ímpar.
O batismo no Espírito
Em que pese o fato de Joel ter profetizado sobre o derramamento do
Espírito de Deus no futuro, com manifestações específicas, a tônica de
sua profecia aborda a destruição de plantações através de um enorme
enxame de gafanhotos e a falta de água.
Deus advertiu, condenou e castigou o povo de Israel. Mas assim que o
povo se arrependeu e retornou para o Senhor, Ele voltou a abençoá-lo
grandiosamente. Não apenas restituiu o que havia perdido com o ataque
de gafanhotos e falta de chuva, como concedeu a eles comida em
abundância. Além disso, apontou para uma bênção futura; o derramamento
do Espírito.
A promessa de Deus de que enviaria o seu Espírito sobre todo o seu povo é
citada pelo apóstolo Pedro no dia de Pentecostes, quando a profecia de
Joel começou a ser cumprida. A efusão do Espírito começou com os
apóstolos, está presente nos dias atuais e continuará até a volta de
Jesus (Atos 2.16).
Pedro evocou a profecia de Joel a respeito do derramamento do Espírito Santo: "Arrependei-vos,
e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos
pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz
respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos
quantos Deus, nosso Senhor, chamar" - Atos 2.15-21.
Deus disponibilizou recursos espirituais para manter a comunicação com o
seu povo por meio de sonhos, visões e profecias, independente da idade,
sexo e posição social (Joel 2.28 a, 29). Sonhos, visões, profecias, são
concedidos para a edificação individual, não podem ser usados para
fundamentar doutrinas. A Bíblia Sagrada é a regra de fé e conduta do
cristão.
Nenhum rei é mencionado em seu livro, dificultando a contextualização
histórica. Ele é anterior a todos os profetas literários, tem-se como
certo que escreveu suas profecias em 835 a.C.. Trata-se da época em que
Judá estava sob a regência de Joiada, durante a infância de Joás (2
Crônicas 23.16-21). Isso explica a presença significativa dos sacerdotes
no governo de Judá (Joel 1.9, 13; 2.17). O templo estava em pleno
funcionamento (Joel 1.9, 13, 14).Conclusão
Diante dos desastres naturais que ocorrem no mundo, Deus nos adverte a
estarmos sempre atentos, mantermos o coração arrependido e submetermos
nossas vontades à vontade dEle.
A descrição do cenário do julgamento divino por meio dos gafanhotos é
literal. O profeta usa o acontecimento como gancho e símbolo para um
castigo divino que acontecerá ainda mais à frente sobre Judá, e por
extensão, também como símbolo do Dia do Juízo de Deus no fim dos
tempos. O profeta nos apresenta o Vale da Decisão, local em que Deus há
de apresentar suas decisões contra a humanidade rebelde (não é um local
onde as pessoas decidirão o que farão).
É muito provável que os cristãos não experimentarão as pragas literais
de gafanhotos, mas com certeza as congregações de crentes desobedientes
são devastadas por aflições, pecados, doenças desgastantes. A orientação
bíblica para resolver tais situações terrificantes é reconhecer com a
máxima urgência a necessidade de voltar-se ao Senhor com sinceridade,
arrependimento, querer e pedir ajuda e a bênção de Deus (Joel 1.13, 14;
2.12-17).
Joel profetizou abordando o ataque de insetos contra as lavouras e a
grande seca, contudo, apesar da terrível calamidade, escreveu nos
lembrando que isso tudo não é nada quando comparado com o que Deus
permite acontecer com aqueles que estão em desobediência. Ele alerta ao
povo para que se voltem para Deus antes que seja tarde demais.
O amor de Deus não se limita ao presente. Ele sempre cumpre suas
promessas, une o presente e o futuro. Cumpriu a promessa feita através
do ministério profético de Joel, e continuará cumprindo o que nos
promete, pois sua justiça, fidelidade e seu amor não têm fim
.
CPAD - EDB 2012 - 4º trimestre - Amós e a justiça social como
parte da adoração a Deus
Quem foi Amós?
O nome Amós significa carga ou carregador.
Amós era um simples camponês de Judá, homem rústico originário de Tecoa,
região situada, aproximadamente, a 17 quilômetros ao sul de Jerusalém.
Era boiadeiro e cultivava sicômoros, isto é, figos silvestres (7.14).
Deixou o campo para profetizar ao norte de Betel, no centro religioso,
focando as dez tribos do norte.
Num cenário religioso e social de total descaso com as coisas de
Deus, Amós exerceu seu ministério durante os reinados de Uzias, rei de
Judá e de Jeroboão II, filho de Joás, rei de Israel. De acordo com a
tradição judaico-cristã, esse rei obteve muitas vitórias contra seus
vizinhos hostis, e com isso obteve o controle das rotas comerciais que
levavam à Samaria. O profeta viveu dias de grande prosperidade no Reino
do Norte. Majestosos prédios estavam erguidos, os ricos moravam em
residências espaçosas e próximas aos centros litúrgicos populares.
Pela perspectiva humana, Amós não era a pessoa melhor indicava para
falar a classe dominante e sofisticada de Israel. Não estudou na escola
de profetas; era um "leigo na igreja"; não era acostumado com os
trabalhos da liderança e nem de administração dos sacrifícios e leis
cerimoniais descritos no Pentateuco.
Amós foi contemporâneo dos profetas Oseias, Jonas e Miqueias. Suas
profecias anunciaram a queda do Reino do Norte, por este motivo
os sacerdotes o acusaram de traidor e o expulsaram de Israel.
A missão de Amós
O discurso de Amós não era sofisticado, porém era um ataque consistente
às instituições de Israel, um confronto aos descasos que assolavam os
fundamentos sociais, morais e espirituais da nação.
Em sua linguagem pouco ortodoxa chamou as mulheres da cidade de "vacas
de Basã" (4.1). Elas viviam em luxo extremo, pensavam apenas em seu
prazer e não nos oprimidos dos quais seu bem-estar dependiam. De maneira
muito clara Amós anunciou o castigo divino que receberiam. O cruel
exército assírio, que mais tarde capturou Israel e o levou para o
exílio, construiu monumentos que mostravam seus prisioneiros sendo
arrastados com ganchos em suas bocas.
Na geração de Amós, havia baixa condição moral e espiritual, o povo
oferecia o seu culto a Jeová e ao mesmo tempo sujava as mãos praticando
injustiças e participando de cultos a deuses estranhos. Todo o sistema
político, religioso, social e jurídico estava corrompido. A iniquidade
era praticada através do uso do luxo extravagante, prostituição cultual e
idolatria. O profeta combateu esse quadro deteriorado, sua mensagem era
contra a idolatria, denunciou as injustiças sociais, condenou a
violência, profetizou o castigo para os pecadores contumazes, a cobrança
indevida de taxas e a malversação dos impostos no culto aos falsos
deuses.
Amós alertou sobre o esquecimento da prática da lei do penhor (Êxodo
22.26-27; Deuteronômio 24.6-17). Sofreu enorme oposição do sacerdote
Amazias, que era alinhado politicamente ao rei Jeroboão II (7.10-16).
Foi contra as injustiças sociais e contra toda sorte de desonestidade
que pervertia o direito das viúvas, dos órfãos e dos necessitados.
Também falou sobre o futuro glorioso de Israel. (2.6-8; 5.10-12; 8.4-6).
O livro de Amós
O estilo literário de Amós é simples e pitoresco, possui muitas metáforas chocantes:
a - A fadiga da misericórdia de Deus para com os pecadores contumazes é comparada a um carro sobrecarregado (2.13);
b - A pressão do dever do profeta é comparado ao rugir do leão (3.8);
c - O escape difícil do remanescente de Israel é comparado ao pastor que tira uma ovelha mutilada da boca do leão (3.12);
d - A escassez da Palavra de Deus é comparada a um homem no mundo natural (8.11-12).
O livro de Amós pode ser dividido em duas partes: os oráculos
provenientes pela palavra (1-6) e pelas visões (7-9). Aborda a relação
das nações com Israel e seu Deus. Esclarece que a soberania do Senhor
não está limitada aos judeus, mas se estende aos gentios. Diz que o
Criador controla a história e o destino das nações (Amós 9.7).
A mensagem profética do ministério de Amós nos ensina que praticar a
justiça social faz parte da adoração a Deus. Sua mensagem é atual e
abrangente, aborda a vida social, política e religiosa do povo de Deus. É
conhecido como o livro da justiça de Deus e mostra aos religiosos a
necessidade de se incluir na adoração dois elementos importantes e há
muito esquecidos: justiça e retidão.
O livro de Amós é citado no Novo Testamento. Compare Amós 5.25-26 com Atos 7.42-42; e, Amós 9.11-12 com Atos 15.16-18.
A verdadeira adoração
Os israelitas fizeram pouco caso daquilo que a própria Lei de Moisés
ordenava. Em lugar de ser um exemplo para as nações, os pecados de
Israel excedeu aos dos gentios. Amós deixou claro que o Reino do Norte,
ainda que orgulhoso de sua história e recentes sucessos, era ofensivo ao
Senhor. Por isso Deus ficou irado com o seu povo. O descaso com as
coisas de Deus produz consequências sérias
A prostituição era parte integrante de cultos pagãos, os israelitas
afastavam-se de Deus entregando seus corpos à devassidão religiosa.
"Um homem e seu pai coabitavam com a mesma jovem e, assim, profanam o meu santo nome" - Amós 2.7 (ARA).
Amós denuncia a adoração sem conversão, o arrependimento sem
sinceridade. Aborda a questão de estar envolvido em liturgias bonitas,
rituais externos e cerimônias formais sem comprometimento com a vontade
de Deus.
Os israelitas ofereciam sacrifícios de manjares e ofertas pacíficas,
entoavam cânticos, mas não eram verdadeiramente convertidos ao Senhor. A
genuína adoração a Deus é interna, é possuir devoção reverente, honrar
ao Senhor de maneira individual e pública, ter o espírito quebrantado e o
coração contrito (Salmo 51.17).
Vivemos num tempo de corrupção na política e grandes injustiças sociais.
Pessoas sem temor de Deus e amor ao próximo buscam intensamente os seus
próprios interesses. É nossa responsabilidade pessoal lutar por uma
sociedade mais justa. Tal senso de justiça expressa o pensamento da lei e
dos profetas e é parte do grande mandamento da fé cristã (Mateus
22.35-40).
Conclusão
O livro de Amós nos mostra que Deus usa quem Ele quer, que às vezes faz
uso de pessoas que estão fora dos padrões convencionados como
aceitáveis, gente sem nenhum compromisso com as regras cerimoniais que
regem a religião formal.
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QUEM NOS LIBETA DAS CORRENTES? JEREMIAS – 40:1-16
VERSÍCULO CHAVE: ( 4 ) AGORA ESTOU
TIRANDO AS CORRENTES DOS SEUS PULSOS E PONDO VOCE EM LIBERDADE. AMÉM.
O QUE ACORRENTA SUA VIDA? O ÓDIO, A
GANÃNCIA, O CONSUMISMO, O MEDO, A DEPRESSÃO...? MUITAS COISAS PODEM NOS
ACORRENTAR E TIRARMOS A MOBILIDADE E A ALEGRIA DE VIVER. FOI O QUE ACONTECEU
COM O RPOFETA JEREMIAS, HÁ MAIS DE DOIS MIL E SEISCENTOS ANOS. ELE FORA
ACORRENTADO, JUNTAMENTE COM TODO POVO DE ISRAEL, NA TOMADA DE JERUSALÉM PELOS
BABILÔNICOA. COM ELES, FOI LEVADO PRISIONEIRO PARA A BABILÔNIA.
PORÉM, A CAMINHO, ALGO INESPERADO
ACONTECE: JEREMIAS É LIBERTADO PELO COMANDANTE GERAL DO EXÉRCITO INIMIGO. O
COMANDANTE LEMBRA O PROFETA DE QUE A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM É FRUTO DO PECADO
DO POVO, DA DESOBEDIÊNCIA A DEUS. A LIBERTAÇÃO DO MENSAGEIRO DO SENHOR NÃO
ACONTECEU POR ACASO. O COMANDANTE, COM CERTEZA, SABIA O QUANTO JEREMIAS CLAMAVA
PARA QUE O POVO E AS AUTORIDADES MUDASSEM SEU ESTILO DE VIDA. LIVRE DAS
CORRENTES, ELE PODE SEGUIR O SEU CAMINHO E SERVIR ONDE QUIZER.
QUEM NOS LIBERTA DAS CORRENTES QUE NOS
PRENDEM HOJE? UM SIMPLES COMANDANTE GERAL? POR INTERMÉDIO DA MORTE DO SEU
FILHO, CRISTO JESUS, NA CRUZ, DEUS TOMOU SOBRE SI TODAS AS ALGEMAS QUE
APRISIONAM E TOLHEM A NOSSA LIBERDADE. QUANDO CONFIAMOS A ELE AS NOSSAS FALHAS,
ERROS E LIMITAÇÕES, SOMOS LIBERTADOS E FORTALECIDOS PARA UMA NOVA VIDA. SOMOS
LIBERTADOS POR DEUS EM CRISTO PARA SEGUIRMOS OS NOSOS CAMINHOS.
A NOSSA LIBERTAÇÃO NÃO É SEM RAZÃO: O
SENHOR QUER QUE SEJAMOS PROFETAS QUE SIRVAM DE SINAIS DE ESPERANÇA EM MEIO ÀS DESORIENTAÇÕES
QUE ACORRENTAM MUITAS PESSOAS.
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É pecado um casal cristão ir ao motel?
Quando se trata
destes assuntos os evangélicos ficam mesmo divididos em suas opiniões
particulares. Uns afirmam que não é pecado, mas ficam com medo de
debater o assunto, pois não tem respostas. Já outros respondem que é
pecado.
Dizem
que não é lugar de cristão, e chegam a afirmar que freqüentar um lugar
desses é como ir numa casa de prostituição. Vivemos em uma época em que
parte da crença evangélica vive uma das piores fases em termos de
conhecimento bíblico e geral. Vivemos a era dos "achismos" e outros
"ísmos" criados por aqueles que "sentem" que algo "não é de Deus". Pouco
se lê das Escrituras, e a emoção misturada as revelações e outras
manifestações de carater duvidoso, tomam conta cada vez mais de uma boa
parcela da sociedade cristã, colocando medo e ameaças a quem ao menos
pensar em liberdade cristã. Versículos isolados, línguas estranhas
(algumas muito estranhas mesmo), já são conhecidos dos que vivem uma
pseudo-santidade.
Mas a saga dos
legalistas parece não ter mesmo limites. Citar proibições, leis que não
estão na Bíblia, é de uma hipocrisia de dar nojo. O crente tem o direito
de não querer ir a um motel, mas julgar quem vai já é o cúmulo. O termo
MOTEL surgiu nos EUA como hotéis de motoristas na beira das estradas
(Motorist Hotel = Motel). Nada tem a ver com casa de prostituição. Um
casal em lua-de-mel, por exemplo, pode optar por hotel, pousada,
chácara, etc. Sabendo que em todos esses lugares pode haver casais em
adultério, traições, orgias, pois na recepção, ao alugar o quarto,
nenhum recepcionista pede certidão de casamento a ninguém.
"Sabemos que
somos de Deus e que TODO O MUNDO está no maligno". (1 João 5:19) Todo
este mundo está contaminado, e não somente um motel ou hotel. Muitos
alegam que o cristão deve escolher um "lugar santo". E como seria um
"lugar santo"?! Dentro da igreja??? Num restaurante muitos incrédulos já
passaram pelas mesas, ou quem sabe até o cozinheiro pode ser um ateu ou
feiticeiro?! E no que isso poderia me prejudicar?? Em nada!!! Porque "O
anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra". (Salmo
34:7) Há igrejas que proíbem beijo na boca, carícias, afagos, até mesmo
entre os casados. Cada um deles citando razões e versículos sorteados da
Bíblia sobre "santidade do crente". É um legalismo que coloca o cristão
num verdadeiro "talebã" evangélico.
Muitos cristãos
acham "sujo" ir a um Motel pelo fato de ali ter passado outros casais e
ter que usar a mesma cama para o ato sexual. Ora, não estamos aqui
falando de qualquer motel barato. Um bom Motel oferece limpeza, troca
constante de roupas de cama, conforto, serviço de primeira, e não uma
espelunca qualquer! O mesmo pode ocorrer se o casal, ao viajar ou em
lua-de-mel, escolher um Hotel muito barato. A cama de um Hotel ou de uma
Pousada não diferencia em nada para o ato sexual. Nenhum casal irá
dizer: "-Olha, aqui é um HOTEL e nào um MOTEL...por isso não teremos
relações sexuais aqui..." Em algumas cidades os Hotéis são mais usados
para encontros de casais do que propriamente os Motéis!
Outra resposta
de muitos cristãos até sinceros é que não vão a um motel porque a Bíblia
diz: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos
ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda
dos escarnecedores". (Salmo 1) Ora, quando a Bíblia descreve "caminho do
ímpio", refere-se a não seguir os pensamentos deste mundo, e não de
freqüentar um local que ímpios também freqüentam, pois do contrário não
poderíamos entrar em supermercados, farmácias, restaurantes, etc. Jesus
comia com pecadores e foi criticado. (Mateus 9:10-12) Ou seja, ele
estava no mesmo lugar, mas o seu ideal era outro. Tanto que a Bíblia diz
que Jesus é o "caminho". Esse caminho não é um LUGAR propriamente dito,
mas seguir os mandamentos do Senhor que estão na Bíblia Sagrada.
Como pastor
pentecostal quero deixar bem claro a todos os amados irmãos, que não
podemos jamais usar da liberdade cristã para estrapolar e enveredarmos
pelo caminho do pecado. Sabemos que realmente devemos viver em santidade
e em constante oração. O que quero esclarecer aos amados irmãos é que
não vivam a sombra do medo, obedecendo a dogmas de homens, e sim
obedecer as Escrituras Sagradas, a Palavra de Deus. Esta sim, nunca
mudou, não muda, nem nunca mudará!
Obs.: A uns
quarenta anos atrás, algumas igrejas proibiam: beber refrigerantes;
mascar chiclete; usar perfume; usar shampoo; mulher não podia andar de
bicicleta; mulher não podia ser vista conversando com homem; o casal de
namorado não podia andar de mãos dadas; calça jeans era sinal de
fraqueza espiritual; e além do paletó e a gravata, tinha que usar um
chapéu! E quem não obedecesse a essas doutrinas era suspenso e excluído
da igreja.
Muitos se
agarram a versículos isolados da Bíblia e transformam em suas
"doutrinas", sem ler o contexto do assunto. Por exemplo, a Bíblia diz:
"Orai sem cessar". (1 Tessalonicenses 5:17) E será que "orando sem
cessar" o cristão não irá mais trabalhar? Não terá mais seus momentos de
lazer?? Esse "sem cessar" Paulo se refere a oração constante, contínua,
sempre orando, e não a ficar orando direto sem parar num mesmo lugar.
Sempre exorto a todos os amados irmãos a andarem conforme a PALAVRA DE
DEUS, e não segundo as proibições dos homens, que constantemente estão
mudando suas "doutrinas", ora proibindo, ora liberando outra vez.
Se alguém
ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de
nosso Senhor Jesus Cristo, é soberbo, e nada sabe?. (1 Timóteo 6:3)
"Se, pois,
estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos
carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não
toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo
uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais tem, na
verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária,
humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão
para a satisfação da carne". (Colossenses 2: 20-23)
Quem és tu, que
julgas o servo alheio? Um faz diferença entre dia e dia, mas outro
julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em seu
próprio ânimo. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem
come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para
o Senhor não come, e dá graças a Deus?. (Romanos 14:4,5)
"Fugi dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas". (Marcos 12:38)
"E dizem:
Retira-te, e não te chegues a mim, porque sou mais santo do que tu.
Estes são fumaça no meu nariz, um fogo que arde o dia todo". (Isaías
65:5)
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O Número 666 - Marca Registrada da Tribulação.
A questão central da Tribulação é: Quem tem o direito de governar, Deus ou Satanás? Deus vai provar que é Ele quem tem esse direito. Pela primeira e única vez na história, as pessoas terão uma data limite para aceitarem o Evangelho.
Por enquanto, todos podem aceitar ou rejeitar essa mensagem em diferentes momentos da vida; alguns o fazem na infância, outros no início da fase adulta, outros na meia-idade, e alguns até na velhice. Mas, quando vier a Tribulação, as pessoas terão que tomar essa decisão de forma imediata ou compulsória por causa da marca da besta, de modo que toda a humanidade será deliberadamente dividida em dois segmentos. O elemento polarizador será precisamente a marca da besta.
A Bíblia ensina que o líder da campanha em defesa da marca da besta será o falso profeta, que está ligado à falsa religião (Ap 13.11-18). Apocalipse 13.15 deixa claro que o ponto-chave em tudo isso é adorar "a imagem da besta". A marca da besta é simplesmente um meio de forçar as pessoas a declararem do lado de quem estão: do Anticristo ou de Jesus Cristo. Todos terão que escolher um dos lados. Será impossível manter uma posição neutra ou ficar indeciso com relação a esse assunto. A Escritura é muito clara ao afirmar que os que não aceitarem a marca serão mortos.
O falso profeta vai exigir uma "marca" em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" – não a esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap 13.16).
Toda a humanidade será forçada a escolher um dos lados:
"...todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos" (Ap 13.16).
O Dr. Robert Thomas comenta que essa construção retórica "abrange todas as pessoas, de todas as classes sociais, [...] ordenadas segundo sua condição financeira, [...] abrangendo todas as categorias culturais [...]. As três expressões são um recurso estilístico que traduz universalidade".[1] A Escritura é muito específica. O falso profeta vai exigir uma "marca" em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" – não a esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap 13.16).
A palavra "marca" aparece em muitas passagens da Bíblia. Por exemplo, ela é usada várias vezes em Levítico, referindo-se a um sinal que torna o indivíduo cerimonialmente impuro, e está geralmente relacionada à lepra. É interessante notar que o modo como Ezequiel 9.4 usa a idéia de "marca" é semelhante ao de Apocalipse:
"E lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela". Ezequiel 9.4
Nessa passagem, o sinal serve para preservação, assim como o sangue espalhado nas ombreiras das portas livrou os hebreus durante a passagem do anjo da morte, como relata o Livro do Êxodo. Em Ezequiel, a marca é colocada na fronte, semelhantemente à do Apocalipse. Todas as sete ocorrências da palavra "marca" ou "sinal" (gr. charagma) no Novo Testamento em grego, encontram-se no Livro do Apocalipse, e todas se referem à "marca da besta" (Ap 13.16,17; 14.9,11; 16.2; 19.20; 20.4). O Dr. Thomas explica o significado desse termo na Antigüidade:
A marca deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para mostrar que serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor (221-203 a.C.) marcava com o desenho de uma folha de trevo os judeus que se submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão ao deus Dionísio (cf. 3 Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar marcas para tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf. Isaías 44.5), e também a prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário (cf. Gl 6.17). O termo charagma ("marca") também era usado para designar as imagens ou nomes dos imperadores, cunhadas nas moedas romanas e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da besta colocado sobre as pessoas.[2]
Alguns se perguntam por que foi usado um termo tão específico para designar a marca do Anticristo. Essa marca parece ser uma paródia do plano de Deus, principalmente no que se refere aos 144.000 "selados" de Apocalipse 7. O selo de Deus sobre Suas testemunhas muito provavelmente é invisível e tem o propósito de protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o Anticristo oferece proteção contra a ira de Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e sua marca é visível e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão um certo orgulho de terem, em essência, a Satanás como seu dono. O Dr. Thomas afirma: "A marca será visível e identificará todos os que se sujeitarem à besta".[3]
Uma Identificação Traiçoeira
Verificação da identidade pela leitura da íris. O Anticristo fará uso da moderna tecnologia.
Além de servir como indicador visível da devoção ao Anticristo, a marca será a identificação obrigatória em qualquer transação comercial na última metade da Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de todos os tiranos da história – exercer um controle tão absoluto sobre seus vassalos a ponto de decidir quem pode comprar e quem pode vender. O historiador Sir William Ramsay comenta que Domiciano, imperador romano no primeiro século, "levou a teoria da divindade Imperial ao extremo e encorajou ao máximo a ‘delação’; [...] de modo que, de uma forma ou de outra, cada habitante das províncias da Ásia precisava demonstrar sua lealdade de modo claro e visível, ou então era imediatamente denunciado e ficava impossibilitado de participar da vida social e de exercer seu ofício".[4] No futuro, o Anticristo aperfeiçoará esse sistema com o auxílio da moderna tecnologia.
Ao longo da história, muitos têm tentado marcar certos grupos de pessoas para o extermínio, mas sempre houve alguns que conseguiram achar um meio de escapar. Porém, à medida que a tecnologia avança, parece haver uma possibilidade cada vez maior de bloquear praticamente todas as saídas. Essa hipótese é reforçada pelo emprego da palavra grega dunétai – "possa" (Ap 13.17), que é usada para transmitir a idéia do que "pode" ou "não pode" ser feito. O Anticristo não permitirá que alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o dinheiro vivo como meio de troca. O controle da economia, ao nível individual, através da marca, encaixa-se perfeitamente no que a Bíblia diz a respeito do controle do comércio global pelo Anticristo, delineado em Apocalipse 17 e 18.
A segunda metade de Apocalipse 13.17 descreve a marca como "o nome da besta ou o número do seu nome". Isso significa que "o número do nome da besta é absolutamente equivalente ao nome, [...]. Essa equivalência indica que, como nome, ele é escrito com letras; mas, como número, é o análogo do nome escrito com algarismos".[5] O nome do Anticristo será expresso numericamente como "666".
Calculando o Número
O Anticristo não permitirá que alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o dinheiro vivo como meio de troca.
Nesse ponto da profecia (Ap 13.18), o apóstolo João interrompe momentaneamente a narrativa da visão profética e passa a ensinar a seus leitores a maneira correta de interpretar o que havia dito. Uma leitura do Apocalipse demonstra claramente que os maus não entenderão o significado, porque rejeitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Por outro lado, os demais que estiverem atravessando a Tribulação receberão sabedoria e entendimento para que possam discernir quem é o Anticristo e recusar a sua marca. A Bíblia deixa claro que aqueles que receberem a marca da besta não poderão ser salvos (Ap 14.9-11; 16.2; 19.20; 20.4) e passarão a eternidade no lago de fogo. O fato de João usar essa passagem crucial para transmitir sabedoria e entendimento aos crentes, com relação a um assunto de conseqüências eternas, mostra que Deus proverá o conhecimento necessário para que o Seu povo possa segui-lO fielmente.
Mas o que essa sabedoria e esse conhecimento permitem que os crentes façam? A passagem diz que podemos "calcular". Calcular o quê? Podemos calcular o número da besta.
O principal propósito de alertar os crentes sobre a marca é permitir que eles saibam que, quando em forma de número, o "nome" da besta será 666. Assim, os crentes que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão direita, deverão rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a morte. Outra conclusão que podemos tirar é que qualquer marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a marca da besta que deve ser evitada.
Portanto, não há motivo para os cristãos de hoje encararem o número 666 de forma supersticiosa. Se o nosso endereço, número de telefone ou código postal incluem esse número, não precisamos ter medo de que algum poder satânico ou místico nos atingirá. Por outro lado, temos que reconhecer que muitos ocultistas e satanistas são atraídos por esse número por sua conexão com a futura manifestação do mal. Porém, o número em si não tem poderes sobrenaturais. Quando um crente acredita nisso, já caiu na armadilha da superstição. A Bíblia ensina que não há nenhum motivo para atribuir poderes místicos ao número 666.
A Carroça na Frente dos Bois
Muitos têm tentado descobrir a identidade do Anticristo através de cálculos numéricos. Isso é pura perda de tempo. A lista telefônica está cheia de nomes que poderiam ser a solução do enigma, mas a sabedoria para "calcular" o nome não é para ser aplicada agora, pois isso seria colocar a carroça adiante dos bois. Esse conhecimento é para ser usado pelos crentes durante a Tribulação.
Em 2 Tessalonicenses 2, Paulo ensina que, durante a presente era da Igreja, o Anticristo está sendo detido. Ele será "revelado somente em ocasião própria" (v.6). Ao escolher a palavra "revelado", o Espírito Santo quis indicar que a identidade do Anticristo estará oculta até a hora de sua revelação, que ocorrerá em algum momento após o Arrebatamento da Igreja. Portanto, não é possível saber quem é o Anticristo antes da "ocasião própria". O Apocalipse deixa bem claro que os crentes saberão na hora certa quem é o Anticristo.
Como apontamos acima, o Apocalipse não deixa dúvida de que durante a Tribulação todos os crentes saberão que receber a marca da besta será o mesmo que rejeitar a Cristo. Durante a Tribulação, todos os cristãos terão plena consciência disso onde quer que estejam. Nenhuma das hipóteses levantadas no passado, ou que venham a ser propostas antes da Tribulação, merece crédito.
Apocalipse 13.17-18 diz claramente que o número 666 será a marca que as pessoas terão que usar na fronte ou na mão direita. Em toda a história, ninguém jamais propôs a utilização desse número em condições semelhantes às da Tribulação, de modo que todas as hipóteses já levantadas a respeito da identidade do Anticristo podem ser descartadas.
O mais importante nessa passagem é que podemos nos alegrar em saber que a identificação do futuro falso Cristo ainda não é possível, mas o será quando ele ascender ao trono. Com certeza, aquele a quem o número 666 se aplica é alguém que pertence a uma época posterior ao período em que João viveu, pois ele deixa claro que alguém iria reconhecer esse número. Se nem a geração de João nem a seguinte foi capaz de discerni-lo, isso significa que a geração que poderá identificar o Anticristo forçosamente estava (e ainda está) no futuro. No passado, houve várias figuras políticas que tipificaram características e ações desse futuro personagem, mas nenhum dos anticristos anteriores se encaixa perfeitamente no retrato e no contexto do Anticristo do final dos tempos.[6]
A Relação entre Tecnologia e a Marca da Besta
Muitos têm feito as mais variadas hipóteses sobre a marca da besta. Alguns dizem que ela será como o código de barras utilizado para identificação universal de produtos. Outros imaginam que seja um chip implantado sob a pele, ou uma marca invisível que possa ser lida por um scanner. Contudo, essas conjeturas não estão de acordo com o que a Bíblia diz.
A marca da besta – 666 – não é a tecnologia do dinheiro virtual nem um dispositivo de biometria. A Bíblia afirma de forma precisa que ela será:
a marca do Anticristo, identificada com sua pessoa
o número 666, não uma representação
uma marca, como uma tatuagem
visível a olho nu
sobre a pele, e não dentro da pele
facilmente reconhecível, e não duvidosa
recebida de forma voluntária; portanto, as pessoas não serão ludibriadas para recebê-la involuntariamente
usada após o Arrebatamento, e não antes
usada na segunda metade da Tribulação
necessária para comprar e vender
recebida universalmente por todos os não-cristãos, mas rejeitada pelos cristãos
uma demonstração de adoração e lealdade ao Anticristo
promovida pelo falso profeta
uma opção que selará o destino de todos os que a receberem, levando-os ao castigo eterno no lago de fogo.
A marca da besta é uma opção que selará o destino de todos os que a receberem, levando-os ao castigo eterno no lago de fogo.
Talvez na história ou na Bíblia nenhum outro número tenha atraído tanto a atenção de cristãos e não-cristãos quanto o "666". Até mesmo os que ignoram totalmente os planos de Deus para o futuro, conforme a revelação bíblica, sabem que esse número tem um significado importante. Escritores religiosos ou seculares, cineastas, artistas e críticos de arte fazem menção, exibem ou discorrem a respeito dele. Ele tem sido usado e abusado por evangélicos e por membros de todos os credos, tendo sido objeto de muita especulação inútil. Freqüentemente, pessoas que se dedicam com sinceridade ao estudo da profecia bíblica associam esse número à tecnologia disponível em sua época, com o intuito de demonstrar a relevância de sua interpretação. Mas, fazer isso é colocar "a carroça na frente dos bois", pois a profecia e a Bíblia não ganham credibilidade ou legitimidade em função da cultura ou da tecnologia.
Conclusão
O fato da sociedade do futuro não utilizar mais o dinheiro vivo será usado pelo Anticristo. Entretanto, seja qual for o meio de troca substituto, ele não será a marca do 666. A tecnologia disponível na época da ascensão do Anticristo será aplicada com propósitos malignos. Ela será empregada, juntamente com a marca, para controlar o comércio (como afirma Apocalipse 13.17). Sendo assim, é possível que se usem implantes de chips, tecnologias de escaneamento de imagens e biometria para implementar a sociedade amonetária do Anticristo, como um meio de implantar a política que impedirá qualquer pessoa de comprar ou vender se não tiver a marca da besta. O avanço da tecnologia é mais um dos aspectos que mostram que o cenário para a ascensão do Anticristo está sendo preparado. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - )
1. Robert L. Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical Commentary (Chicago: Moody Press, 1995), pp. 179-80.
2. Thomas, Revelation 8-22, p. 181.
3. Thomas, Revelation 8-22, p. 181.
4. Sir William Ramsay, The Letters to the Seven Churches (New York: A. C. Armstrong & Son, 1904), p. 107.
5. Thomas, Revelation 8-22, p. 182.
6. Thomas, Revelation 8-22, p. 185.
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, janeiro de 2004.
Autor: Thomas Ice
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